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Coordenadas Geográficas | |
Latitude S | 06º 05' 16'' |
Longitude W | 37º 54' 39'' |
Altitude (1) | 750m |
Temperatura (2) | Min.15 ºC Máx. 26 ºC |
Pluviometria | 1.100 mm/a |
Área (3) | 169,464 km2 |
População (4) | 8.218 hab |
Homens | 4.043 |
Mulheres | 4.175 |
Urbana | 5.036 hab |
Rural | 3.182 hab |
Pop. Estimada 2018 (5) | 8.692 hab |
Densidade Demográfica | 48,49 hab/km2 |
Eleitorado (6) | 6.406 |
Hidrografia | Riacho dos Picos |
Orografia | Formação Serra do Martins |
Bioma | Caatinga |
(1) -
Altitude média do ponto mais alto habitado |
.
LIMITES | |
Norte | Viçosa - Umarizal |
Sul | Antônio Martins - Serrinha dos Pintos |
Leste | Lucrécia - Frutuoso Gomes |
Oeste | Serrinha dos Pintos - Portalegre |
O município de Martins está localizado na região Oeste do Estado do Rio Grande do Norte. Cidade serrana, fica a 745 m de altitude, tem um clima agradável e é considerado um dos melhores do Estado. Chega-se a Martins pela RN-117; estrada asfaltada e sempre acessível o ano todo, mesmo no período chuvoso. Ainda tem resquícios da arquitetura portuguesa. Sua economia básica é a agricultura, e pecuária de leite e corte. Em pequeno número ainda são encontrados Engenhos de cana-de-açúcar e Casas de Farinha - hoje mecanizadas. É uma cidade limpa, e seu povo acolhedor. O Poeta martinense assim a descreveu: |
Minha
Terra
"Cosme Lemos"
Madrugava
no Céu. Vinha perto a manhã,
Quando São Pedro abriu serenamente,
A Porta Eterna, branca de luar.
Amparado num véu de nuvem alvinitente,
Róseo qual maçã,
Um anjinho esperava a soluçar.
- Entra - disse-lhe o Santo.
- Por que choras tanto?!
- Senhor, eu quero voltar!
- Voltar? Queres voltar do Céu, anjinho à toa?!
E a terra onde vivias era assim tão boa?!
- A terra onde eu vivi é tão formosa
Como não pode haver recanto igual.
A natureza ali, feita de rosas,
É u'a perene festa tropical!
Ela é tão alta! Lembra uma palmeira erguida
Muito bela e sobranceira
Por sobre as outras terras qual rainha!
O Céu que a cobre é feito só de estrelas,
Vendo-se aqui e ali uma fitinha
De espaço muito azul, como a tecê-las.
À margem da lagoa cristalina
Ergue-se, altiva e pequenina,
Uma ermida à Virgem do Rosário.
Nos pomares e jardins, em desadoro,
Cantam nuvens douradas de canários,
De pintassilgos e de encantos d'ouro.
Tempestades de loucos furacões
Que revolvem os campos dos sertões
Não alcançam o azul da serrania!
A brisa é tão cheirosa e tão macia,
Que parece soprada pelos lírios!
O próprio sol é branco como os círios,
A árvore da vida ali vive a cantar!
No Céu também é bom, mas... deixa-me voltar!
E o Santo pescador, bondoso e comovido,
Lembrando-se talvez de sua Canaã,
Como a sentir o coração ferido de saudade,
Fitando o espaço que a manhã já dourava de luz
Falou com piedade:
- Tu voltarás, meu filho! Eu direi a Jesus
Da saudade que tanto te consome
Mas... essa terra... esse outro Céu...
Qual o seu nome?!
Nisto Jesus chegando de repente
E ouvindo o interrogar do seu discípulo,
Sorrindo, respondeu paternalmente:
- Essa relíquia, Pedro, é no Brasil;
Num pequenino Estado lá no Norte,
Em recanto feliz, pus toda sorte de belezas.
As "Maravilhas das Mil e Uma Noites"
Não valem seus jardins!
Essa terra de sonho e de poesia,
E que tem a inicial a mesma de Maria,
Seu nome é doce... chama-se:
MARTINS!